quarta-feira, 25 de março de 2009

1ª noite do Almanaque de Criação

Ontem, terça-feira, 24 de março, teve início o Almanaque de Criação, evento que eu havia comentado aqui no Filé. O evento continua muito bem organizado e sendo um sucesso de público, quase em sua maioria estudantes e jovens profissionais. Apesar do meu atraso por conta dos trabalhos aqui da agência, cheguei na segunda metade da primeira palestra, encontrei a galera de Goiânia que hoje está aqui, o João Gabriel, os irmãos Rafael e André Barreiros, e a Sussy, sócia e diretora de criação da Pagú.

A primeira palestra, como programada, foi da Regina Augusto, editora chefe do gupo Meio & Mensagem. Parodiando o Sílvio Santos, eu não assisti mas a minha mulher viu e disse que foi muito boa.

Ela fez uma apresentação de encher os olhos sobre a sua viagem em que conheceu as agências mais premiadas do mundo, na tentativa de entender o que faz delas serem tão premiadas e realizarem um trabalho de vanguarda. Entre elas, a Droga 5; Taxi; Crispin Porter + Bogusky e Wieden kennedy.

Regina também apresentou alguns cases das agências, como o Voyeur da HBO, que foi GP em Promo e Outdoor em Cannes, no ano passado. Um case que você pode conferir mais clicando aqui.

O Filé 060 aproveitou e trocou duas palavrinhas com a Regina Agusto.

Filé060: Atribue-se a disparidade dos trabalhos produzidos por São Paulo ao restante do país a diferença de clientes e verbas disponíveis lá. Mas a que você atribui a diferença entre o trabalho das agências de São Paulo e a do exterior, que produzem trabalhos impressionantes? Porque São Paulo ficou para trás?

Regina Augusto: Essa é a grande pergunta que eu acho que não consegui responder ainda. Eu já percebi que não é por questão de verba, até porque nós vemos trabalhos que não são caros. Eu acredito que seja por conta da dependência das mídias tradicionais. O modelo adotado pelas nossas agências ainda está muito preso às mídias conservadoras. A nossa área digital é a única que eu vejo que está acompanhando o que acontece lá fora.

Eu não sei te falar na verdade o que causa essa diferença, na verdade, eu provoco essa reflexão. As agências de São Paulo são muito maiores que as agências lá de fora. Eu tinha uma expectativa de que iria chegar lá e encontrar grandes estruturas. Mas lá, eles trabalham com um número muito reduzido de pessoas. No geral, contam com umas 45 pessoas. Eu acho que a diferença seja a disposição em fazer trabalhos diferentes mesmo. As grandes de São Paulo parecem não quererem mudar, elas continuam trabalhando como há 10 anos atrás, e não parecem querer abrir mão disso.

Filé 060: Não é falta de talento?

Regina Agusto: Não, de forma alguma. Eu acredito muito no talento brasileiro e ele é muito valorizado lá fora.


A segunda palestra do evento deveria ter sido com Alex Schoenburg da AG 407, mas que não pode comparecer. Ele foi coberto pelo Carlos Grilo, da Casa Nova, uma agência de Brasília especializada em Promoção. Ele apresentou um case da agência para a CAIXA, chamado “Eu faço cultura”.

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