Os impactos da crise econômica mundial podem, sim, ter reflexos no Natal brasileiro. A afirmação é de Hugo Valério, diretor da área de informática da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Em sua opinião, os brasileiros estão receosos de irem às compras por não saberem como será o ano de 2009.
Pela análise de Valério, a turbulência em vários setores da economia somada à insegurança do desemprego não deixarão os consumidores gastarem o tanto que desejavam. “Mesmo se estivessem disponíveis juros reduzidos e maior prazo de pagamento, ainda assim não teríamos tantos compradores em dezembro”, disse o executivo.
Dados da Abinee divulgados hoje à imprensa mostram que o número de empregos na indústria eletroeletrônica em 2009 será o mesmo deste ano, ou seja, 165,5 mil trabalhadores registrados. “Ainda assim, acredito que as pessoas estarão mais cautelosas”, ponderou o diretor.
PerspectivasEm 2008, a taxa de crescimento na área de informática será de 11% em relação à 2007. Porém, esse índice tende a ser reduzido em 2009, ficando em 7%, o que representa faturamento de R$ 132,81 bilhões. “Com certeza, se não fosse a crise e a alta taxa do dólar, esse número poderia ser entre 12% e 15%”, afirmou Humberto Barbato, presidente da Abinee.
Mesmo com a entrada dos netbooks (versões menores e menos potentes dos notebooks), os computadores portáteis ainda se mantêm como o grande desejo dos brasileiros para o Natal, independentemente da crise. A estimativa da Abinee é que sejam comercializadas 4,5 mil unidades até o final deste ano, elevação de 138% comparada ao ano anterior.
“É um produto (netbook) de apelo para um determinado segmento. Apesar de ter preço mais competitivo, a máquina é limitada e as pessoas não vão trocar um notebook por um netbook”, declarou Valério.
Fonte: W/News
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
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