Publicidade Offline X Publicidade Online

Por Eclesiastes Júnior

Vivemos a era da mobilidade e da interatividade, correto?

Você já parou para pensar se a nossa publicidade acompanhou esta evolução?

Apesar do título deste post, não vou falar sobre as diferenças e/ou as vantagens de uma sobre a outra. Por que, dependendo de que lado está o profissional de comunicação, uma vai ser SEMPRE melhor do que a outra.

Peço somente uma reflexão sobre a evolução da Publicidade. E porquê não vou falar sobre um ou outro modelo?

Simples. Porque a publicidade online DEVE ser uma evolução, ou melhor, um complemento da publicidade offline. Só que para que a Publicidade online gere resultados satisfatórios para as empresas que investem nesta modalidade, é preciso tomar alguns cuidados, porque apesar de ser uma evolução, existem detalhes que diferem muito da Publicidade offline.

E quem define esses detalhes?

Simples de novo. Nós mesmos. Isso. Estamos no olho desse furacão interativo. São nossas sugestões que fomentam essa evolução. Sim, evolução, e não substituição.

E você, o que pensa respeito?

Por Paulo Zarat

Eclesiastes, acho que o ideal não é o online x offline, e sim o online + offline. A integração entre os dois meios se mostra cada vez mais fundamental. Tanto que isso virou até uma categoria em Cannes, a Integrated.

O que eu acho uma pena é ver que apenas grandes anunciantes têm apostado nessa integração e na forte presença on line. O que me parece uma contradição, já que aparecer na televisão é muitas vezes mais caro que aparecer na internet. Onde será que estamos errando? Eu sou novo no mercado goiano, mas até hoje, não tive notícia de uma agência de web ou até mesmo, uma agência que tivesse criado esse núcleo para posicionar os seus clientes na grande rede.

Brasília tem profissionais que hoje são referências nacionais quando se trata de criação online. Ok, Brasília tem o Governo como o grande cliente e que impulsiona o mercado, mas o que temos visto por lá é uma crescente aposta de pequenos anunciantes na internet. E com idéias simples e de baixo custo têm alcançado resultados impressionantes.

Vou citar um exemplo dado por Mateus Braga, diretor da Agência Click, em sua palestra no 3º Almanaque de Criação em meados de abril de 2008 (se não me engano). A história é mais ou menos essa: um senhor recém aposentado do Banco do Brasil juntou todas as suas economias e investiu na abertura de uma loja toda dedicada ao São Paulo Futebol Clube. Essas lojas para torcedores. Então, ele procurou a Agência Click e pediu um site para a loja e uma divulgação modesta para dar uma força a sua inauguração. Ele ainda pediu cuidado com o seu suado dinheirinho, porque aquela loja se resumia em uma vida inteira de trabalho e economias. Olha a responsabilidade que ele jogou pra cima da agência. Bom, feito o site, eles começaram a pensar em como resolver o problema de comunicação da loja, que era a divulgação da sua inauguração. Até que eles tiveram a idéia de pesquisar a comunidade de torcedores do São Paulo no DF. Claro, a comunidade tinha milhares de membros, perfeito. Eles propuseram a compra da comunidade ao seu dono, um são paulino roxo, que disse que jamais a venderia, porque ela não era mais dele e sim de todos os torcedores do DF. Ok, mas eles conseguiram uma parceria com a comunidade oferecendo brindes, camisas e outros para sorteio entre os membros em troca de publicidade na comunidade. Bom, o resultado é que a loja na primeira semana já tinha vendido o que o seu dono esperava vender em 6 meses. Ok, a boa fase do time ajuda, mas se não fosse a sacada simples da galera da Click esse resultado talvez levasse os 6 meses previstos.

Acho que os diregentes das agências locais, os nossos profissionais de planejamento, de atendimento e de criação precisam unir forças pra colocarmos mais a internet nos planos de mídia, nos planejamentos anuais e na pauta de criação diária.