quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Super Bowl envolve cifras milionárias

Evento é o grande momento da publicidade norte-americana, sob os pontos de vista de negócios e de criatividade


Quando o Arizona Cardinals e o Pittsburgh Steelers entrarem em campo no próximo domingo, 1º de fevereiro, para a disputa do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, milhões de norte-americanos estarão ligados na televisão protagonizando o maior momento da publicidade daquele país.

E atingir este público, que somente no ano passado chegou à marca de 97 milhões, custa caro, já que, para este ano, os espaços de mídia de 30 segundos foram comercializados pela NBC a US$ 3 milhões. Isso representa uma alta de 11% em relação ao evento no ano anterior, algo teoricamente em dissonância com todos os indicadores de investimento publicitário naquele país, à luz da crise financeira mundial. E até terça-feira, 27, somente quatro dos 67 espaços disponíveis ainda não haviam sido comercializados.

Além do business, o Super Bowl é relevante para a publicidade em termos de criatividade. Os comerciais criados especialmente para veiculação durante o evento são envoltos em intensa expectativa. Muitos deles podem ser conferidos neste levantamento histórico do New York Times.

Para ajudar a entender um pouco o porquê de cada inserção custar US$ 3 milhões, a Nielsen divulgou um apanhado geral com as informações mais relevantes da edição 2008, que servem também de base para os recordes que podem ser quebrados neste ano.

Televisão: em 2008, a disputa entre o New England Patriots e o New York Giants foi assistida por 97,5 milhões de pessoas, sendo o programa mais assistido da televisão no ano naquele país.

Anunciantes: o custo de uma inserção de 30 segundos foi de US$ 2,7 milhões, com um investimento total superior a US$ 195 milhões. A Anheuser-Busch ficou com o maior tempo (quatro minutos), sendo que o comercial com maior audiência foi um da Victoria´s Secret, visto por 103,7 milhões de pessoas; o melhor comercial, na opinião do público, foi um da NFL, a liga de futebol daquele país; o mais lembrado foi um da FedEx.

Online: os anunciantes do Super Bowl assistiram a um salta de 24% no tráfego online no dia seguinte após o último evento. Um comercial da Pepsi com Justin Timberlake gerou a maior repercussão no online.

Música e filmes: na semana seguinte à apresentação de Tom Petty & The Heartbreakers no intervalo, a venda do álbum "Greatest Hits" da banda subiu 196% e o "Anthology: Through the Years" teve alta de 240% na semana.

Além disso, o DVD The NFL Super Bowl XLII foi o mais vendido na temática esportes em 2008 nos EUA.Além disso, a Nielsen detectou que durante os jogos aumenta a vontade de consumir produtos como biscoitos e cerveja. No segundo caso, há claro aumento de consumo nas cidades com equipes envolvidas na decisão.

Outro dado interessante é que os fãs ardorosos da NFL gastam 74% a mais do que a média em produtos de cuidados com a pele. E eles também gostam mais de produtos eletrônicos. E segundo a Nielsen, os fãs do esporte são 138 milhões de norte-americanos, ou mais de 60% da população adulta dos Estados Unidos.

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